No último dia 29/04, o Telegram voltou à funcionar, após o fim da liminar que proibia o funcionamento do aplicativo no Brasil. O desembargador federal Flávio Lucas, suspendeu parcialmente a liminar que bloqueava temporariamente o funcionamento, trazendo a volta do Telegram após descumprimento de decisões judiciais.
Flávio Lucas reconheceu que o bloqueio do aplicativo estaria afetando a liberdade de comunicação de pessoas, que não possuem nenhuma relação com os acontecimentos recentes, que determinaram no bloqueio da plataforma.
Porém, mesmo com a volta do Telegram após o fim do bloqueio, o desembargador manteve a multa diária de 1 milhão de reais que está na liminar, até que o aplicativo entregue as informações que foram solicitadas pela justiça.
O Telegram teve o seu funcionamento bloqueado no último dia 26/04, à pedido da Polícia Federal, através da Justiça Federal do Espírito Santo. O aplicativo foi bloqueado pois não forneceu para a Polícia Federal, todos os dados que foram solicitados sobre grupos neonazistas da plataforma.
Foi verificado que alguns canais dentro do Telegram, estariam incentivando menores de idade à realizar ações antissemitas e racistas. Além disso, estes canais também teriam envolvimento com os ataques violentos à escolas, que estão acontecendo atualmente no Brasil.
A Polícia Federal solicitou que o Telegram entregasse dados cadastrais de integrantes de grupos chamados Movimento Anti-Semita Brasileiro e Frente Anti-Semita, como nomes, números de CPF, fotos dos perfis, dados bancários e informações dos cartões de crédito cadastrados. Porém, foi informado pelo aplicativo, que não seria possível fornecer os dados solicitados, pois os chats foram excluídos.
Anteriormente, o Telegram descumpriu o prazo de 24 horas que foi dado pela Polícia Federal, no dia anterior ao bloqueio do aplicativo, não fornecendo as informações completas que foram solicitadas. No último dia 20/04, o Ministro da Justiça Flávio Dino informou que irá instaurar um processo administrativo, para analisar quais medidas serão tomadas pelo Telegram, para impedir que os grupos extremistas continuem se disseminando dentro do aplicativo.
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